Câmara Municipal de Mogi das Cruzes

Legislativo entrega título de “Honra ao Mérito” pelos 50 anos do restaurante O Berro

A Câmara - 22/08/2025

Em sessão solene nesta sexta-feira, 22, a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes entregou título de “Honra ao Mérito” ao restaurante “O Berro”, que completa 50 anos em 2025. A homenagem é uma iniciativa do vereador Mauro de Assis Margarido (PRD), o Maurinho do Despachante.

Os trabalhos legislativos da cerimônia foram conduzidos pelo presidente da Casa de Leis, Francimário Vieira de Macedo (PL), o Farofa, com o vereador Edson Santos (PSD) na primeira secretaria.

Também compuseram a mesa diretiva a prefeita de Mogi das Cruzes, Mara Bertaiolli (PL), o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE/SP) e ex-prefeito, Marco Aurélio Bertaiolli, o deputado estadual Marcos Damásio (PL) — representando o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto —, o vice-prefeito, Téo Cusatis, o padre Michel dos Santos, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Socorro, e o proprietário do estabelecimento homenageado, José Carlos Martins.

A solenidade contou ainda com os vereadores Bi Gêmeos (PSD), Malu Fernandes (PL), Marcos Furlan (Podemos), Osvaldo Silva (REP), Rodrigo Romão (PCdoB), Pedro Komura (União Brasil) e Mauro Araújo (MDB), além de diversos secretários municipais, entre outras autoridades.

Maurinho, autor da homenagem, abriu a série de discursos elogiando o restaurante. “A comida do Berro é realmente muito boa. É só olhar o quanto esta Casa de Leis está lotada nesta noite. É apenas uma parte do reconhecimento. Isso porque muita gente gostaria de estar aqui, mas não pôde vir. O Berro hoje faz 50 anos. É uma data muito especial. O Berro é o lugar que escolhemos para levar pessoas de fora de Mogi quando queremos comer bem, relaxar ou até mesmo impressionar. Todos lá, seu filho, sua esposa e seus funcionários sabem bem como cuidar das pessoas. Lá, somos tratados como amigos. Atualmente, O Berro não é mais seu, Zé. Ele é de todos nós. Que venham muitos outros 50 anos”.

Em seguida, usou a tribuna o padre Michel dos Santos. “O feijão do Berro lembra o feijão da mãe da gente. Zé, você é religioso e dedicado. Mesmo depois de um dia cansativo de trabalho, você está lá assistindo à missa. Que Deus abençoe você, sua família e o restaurante. Viva o Zé do Berro!”.

O deputado estadual Marcos Damásio também teceu elogios ao empreendimento gastronômico. “Convivemos permanentemente com o Zé, que é gentil, paciente e atencioso com todo mundo. Esse é um diferencial que você recebeu dos seus pais. A homenagem é muito merecida. Parabéns, vereador Maurinho, pela iniciativa”.

Marco Aurélio Bertaiolli foi mais um a saudar o restaurante e a história de O Berro. “O Berro é um símbolo de mogianidade. Uma comida caseira, saborosa e de qualidade. Fico encantado de ver o envolvimento de toda a família no restaurante. É algo muito bonito e que já está chegando na terceira geração, com os filhos do Zé. É realmente maravilhosa essa construção”.

A prefeita Mara Bertaiolli disse que o vereador Maurinho foi muito feliz ao escolher homenagear o restaurante O Berro. “Que excelente e justa a ideia do vereador Maurinho. O Zé lidera em seu restaurante uma grande equipe. De coração, eu digo que os mogianos de nascimento e de coração passam e se encantam pelo Berro. Todo mundo em Mogi fala da feijoada, do virado à paulista e do bacalhau do restaurante. E o pudim da sua mãe, que delícia. Mas nada é melhor do que o sorriso com o qual você nos recebe. Que você continue com seu jeito de ser, que tornou o Berro uma das principais referências gastronômicas do Alto Tietê”.

José Carlos Martins, o proprietário, agradeceu a solenidade. “Estou muito feliz com esse reconhecimento. Mogi das Cruzes me acolheu e tudo que eu tenho, devo a esta Cidade. Não dá para falar do Berro sem mencionar a minha mãe, que tinha um coração enorme. Meu pai nos apresentou à pizza. Tivemos uma pizzaria que não deu certo. O Berro surgiu em meio a uma crise. Minha mãe rezava pedindo para que entrassem clientes. Hoje, não dá para falar de Mogi sem falar de O Berro, que se tornou parte da cultura viva desta Cidade”.

Farofa também enalteceu o homenageado da noite. “Foi uma homenagem mais do que merecida. Zé ajudou a construir a nossa Cidade, com muita dedicação e simplicidade. Parabéns à equipe do restaurante, a você e à sua família. Parabéns pelo tempero e pelo calor de sua humanidade. Fui garçom na cantina D’angelo, que também é uma referência na gastronomia da Cidade. Ali, servi muitas autoridades de nossa Mogi das Cruzes e aprendi muito, além de conhecer pessoas maravilhosas como o Zé”.

Histórico

A história do Berro começou há muito tempo, em Nápoles e Roma, com Giusepe Favinchi e Olimpia Rossi. Como tantos outros italianos daquela época, eles sonhavam com novas oportunidades e se aventuraram em uma jornada rumo ao Brasil.

Chegando aqui, estabeleceram-se em São Roque, onde trabalharam em uma fazenda de café e criaram seus filhos. Entre eles, Lourdes Favinchi, que desde pequena aprendeu a cozinhar, costurar e cuidar da casa, ajudando os pais no que fosse preciso. Foi ali que Lourdes conheceu José Martins, o homem que se tornaria seu companheiro de vida.

Eles se casaram e mudaram-se para Sorocaba. Naquele tempo, as pizzarias começavam a se popularizar na cidade de São Paulo, e José, com seu espírito inquieto e empreendedor, decidiu abrir seu próprio negócio. Lourdes, sem saber, estava sendo guiada ao propósito que transformaria sua vida.

O sucesso da pizzaria, no entanto, foi desafiado pela inquietação de José Martins. A vontade de explorar o mundo o levou a trabalhar como caminhoneiro, com ele longe, a pizzaria perdeu sua força. O sonho de um futuro próspero deu lugar a dias difíceis. Com filhos para criar e contas a pagar, Lourdes fez o que pôde para garantir uma vida digna para sua família, costurando e se desdobrando em trabalho, mas ainda não era suficiente.

A família se mudou para Mogi das Cruzes, e enquanto José seguia nas estradas, Lourdes continuava costurando. Foi quando um de seus filhos decidiu abrir um bar, o Berro D'Água. Sem hesitar, Lourdes mergulhou de cabeça, ajudando na administração e preparando petiscos e bolinhos para os clientes. Naquele momento, o Berro ainda era um simples bar, longe de se tornar o restaurante que entraria para a história da Cidade.

Mas os desafios continuaram a surgir. O negócio começou a enfrentar dificuldades, e Lourdes, exausta e sem saber o que fazer, buscou conforto na Igreja de São Benedito.

Entre lágrimas e preces, pediu um sinal, uma resposta que mostrasse o caminho a seguir. Foi então que o destino, com sua maneira sutil e inesperada de agir, enviou um estudante de Direito ao Berro. Com saudade de casa, ele perguntou se havia ali um prato simples de arroz e feijão. Lourdes havia preparado comida para sua família naquele dia, e sem pensar duas vezes, serviu o jovem com todo o carinho.

O que parecia um gesto pequeno mudou tudo. Encantado pelo sabor e pelo acolhimento, o estudante começou a espalhar a notícia: "O Berro tem a melhor comida caseira que já provei!". Logo, outros estudantes vieram. Trouxeram amigos, familiares, e assim, o que era um pequeno bar se tornou um dos restaurantes mais queridos de Mogi das Cruzes. Mas Lourdes sabia que apenas trabalho duro não bastava. O Berro precisava evoluir. Foi aí que seu filho, José Carlos Martins, assumiu um papel fundamental nessa história. Pai de três filhos e buscando seu próprio propósito, José Carlos decidiu se unir ao negócio da família, trazendo uma visão renovada e estratégica. Ele percebeu que era hora de mudar. O antigo galpão industrial deu lugar a um casarão histórico, reformado com todo o cuidado para receber clientes com mais conforto e acolhimento.

E é lá que o Berro permanece até hoje. Ao E assim, de um simples prato de arroz e feijão, nasceu um legado que continua a ser escrito a cada refeição servida. Estas, em poucas linhas, as razões que justificam a presente proposta de outorga da maior láurea concedida pelo Legislativo Mogiano, a qual esperamos ser recepcionada e aprovada pelo Egrégio Plenário. longo dos anos, muitas mudanças foram feitas, sempre pensando nos amigos do Berro- aqueles que tornaram essa história possível. Tudo foi modernizado para oferecer a melhor experiência, sem jamais perder a essência: o amor, a tradição e as boas lembranças em refeições que têm sabor de história para contar. O Berro não é apenas um restaurante. É um pedaço vivo da cultura mogiana, um verdadeiro patrimônio da cidade, que não apenas alimentou gerações, mas também gerou empregos, atendeu à demanda local e se tornou um símbolo de tradição e acolhimento.

 

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